Fichamento 1


Aprendizagem continuada ao longo da vida, o exemplo da terceira idade.
José Armando Valente – Professor do Depto. Multimeios e coordenador do Nied,UNICAMP. Professor do Pós Graduação em Educação: Currículo da PUC-SP.


O texto citado encontra-se no livro “Formação de Educadores para o uso da Informática na Escola” publicado por Valente (Org.) em 2003. O livro procura mostrar em seus oito capítulos o que tem sido realizado na área desta formação em alguns países e no Brasil. São reflexões teóricas e resultados de trabalhos práticos que contribuem para avançar ideias e noções sobre como formar professores e educadores para o uso da informática na escola.

A formação de um indivíduo ocorre desde muito cedo, pois ao nascer, este encontra-se em um ambiente onde necessita se comunicar para que dessa maneira possa ter suas necessidades supridas e para isso sua aprendizagem ocorre de maneira natural e gradativa.
A necessidade de uma aprendizagem é continua, pois ela começa na infância, passa pela adolescência, juventude, pela vida adulta e permanece quando chega-se a uma idade avançada.
Na atualidade as atividades educacionais com a terceira idade indicam que aprender está deixando de ser condição para manter-se em uma posição elevada em relação ao ambiente de trabalho ou mesmo para conseguir melhores salários.
Hoje nota-se que muitos aposentam-se com suas faculdades mentais em excelente estado e por isso continuam a “ocupar a mente” buscando novos conhecimentos e adquirindo novos conceitos. Porém, assim como na infância, o aprendizado na terceira idade ocorre de maneira prazerosa já que estes se dedicam a um conhecimento do qual gostem e se complementam, tornando-os assim satisfeitos com suas novas conquistas.
A cobrança é de si próprio e não do outro. A criança aprende brincando, pois não enxerga o aprendizado, dentro de uma escolinha ou creche, como algo que ela necessita desesperadamente para que possa “chegar mordendo” no futuro, a criança se desenvolve de maneira natural, pois o aprendizado que ela adquire dentro desse ambiente é prazeroso, já que tudo parece muito mais com uma brincadeira, e esse aprendizado continua ao sair deste ambiente escolar para seu ambiente de moradia, pois aqui ela também aprende no seu cotidiano de forma natural, sem cobrança, sem metas e grades curriculares a serem cumpridas.
O aprendizado deveria seguir essa linha ao longo do tempo, porém, nem tudo são flores, há espinhos no meio do caminho.
A terceira idade, por exemplo, passou a descobrir este conhecimento prazeroso após aposentadorias. Tempo sobra, recursos financeiro não faltam, principalmente para aqueles que além da aposentadoria possuem pensão, então agora é só aproveitar o que a vida tem de bom.
Muitos cursos tem se voltado para este nicho de mercado, muitos estão se especializando em atividades completamente voltadas para a terceira idade, pois a demanda é grande e cada vez mais tende a crescer.
Cursos de informática, dança, esportes, idiomas e tantos outros buscando esse grande grupo de sedentos descobridores de novos conhecimentos. A aprendizagem desse grupo específico se dá de maneira diferente, sem grandes cobranças, pois todos estão dispostos sim à aprender, mas sem pressa, sem pressão.  O conhecimento é repassado de maneira gradativa, suave, divertida e prazerosa como todo conhecimento deveria ser transmitido, de forma que o aprendizado fosse algo que trouxesse realização pessoal e não preocupação em cumprir conteúdos e carga horária.

Referência Bibliográfica:
Valente, José Armando. Formação de Educadores para o Uso da Informática na Escola. (2003)

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