A educação se confunde com a própria
origem do homem, pois não sabemos exatamente quando esta aconteceu de
fato, já que desde que o homem é homem, este repassa seus conhecimentos
ao seu próximo (familiares, amigos, conhecidos). Sendo assim, mesmo que
de modo informal a educação passou a existir e desde então se fez e se
faz de grande importancia para a vida em sociedade.
Ao passar dos anos a educação veio ganhando espaço de tal modo que hoje não podemos viver sem ela.
A
teoria do capital humano na década de 60, veio ratificar que a educação
é o único modo de se evoluir econômicamente e devido a isso o corre
corre que existe hoje em dia se deve não somente a vontade de aprender,
mas sim ao status que a educação dá com bons empregos, salários e um
futuro melhor.
Na leitura do texto“O
trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias”de
Dermeval Saviani obtemos um relato sobre as diferentes abordagens
referente aos problemas existentes das relações entre educação e
trabalho. Traçando uma linha do tempo, levando em conta as informações
obtidas no texto, temos o seguinte:
As Origens – Aqui o que existia era a produção comunal, também chamado
de “comunismo primitivo”. Os homens produziam sua existência e junto sua
educação. Porém, na antiguidade, Grécia e Roma, ocorre à propriedade
privada da terra e junto com ela surge as classes sociais, onde as
classes ociosas davam-se o direito de viver do trabalho alheio. Aqui
surge uma educação diferenciada, visto que a classe ociosa não precisava
trabalhar para viver e por isso tinha tempo para se dedicar ao ócio, ou
seja, a escola, ao lugar do ócio. Ao contrário da classe ociosa, a
classe dos trabalhadores, não tinha um lugar específico para aprender,
por isso seus conhecimentos eram adquiridos no próprio processo de
trabalho.
Na idade média – Surgem escolas paroquiais, catedralícias e monacais
todas destinadas à educação da classe dominante. No entanto, com o
trabalho diferenciado entre o trabalho escravo e o trabalho servil,
surgem escolas diferenciadas e com isso a classe dos proprietários se
dedicava às escolas de guerreiros e outras escolas de profissões
artesanais. No entanto, com o desenvolvimento do artesanato surge uma
atividade mercantil e com isso o nascimento de uma nova classe, a
burguesia que investia em sua própria produção e com isso originou-se a
indústria originando assim um novo modo de produção, o capitalismo. A
burguesia nesse momento levanta-se a bandeira da escolarização universal
e gratuita, não para que houvesse uma educação justa e igualitária para
todos sem distinção, mas para que eles, os burgueses, também podessem
ser educados e no futuro personalidades importantes na sociedade.
No
capitalismo – esse novo modo de produção moderna considerava o
trabalhador como proprietário da força de trabalho mediante contrato.
Porém, para isso o trabalhador precisava de qualificações, ou seja,
precisava de educação para conhecer o novo e saber trabalhar com ele.
Na década de 60 – Com o surgimento da “teoria do capital humano” a
educação passa a ser entendida como algo decisivo para o desenvolvimento
econômico. Ou seja, aqui a educação potencializa o trabalho.
Sociedade moderna – Exigência da generalização da escola, onde esta
passa a ter que suprir todas as necessidades de conhecimentos para que o
homem possa exercer de maneira adequada o seu trabalho. Aqui o
conhecimento passa a ser uma potência material. Porém, nesse sentido a
escola sofre diversas contradições, pois ela deve sozinha suprir todas
as necessidades de educação formal, não formal, informal e escolar.
Assunto para pensar e refletir sobre o verdadeiro papel da escola e da educação.